12 outubro 2007

Eu... falando só

Não entendi de onde veio isso
De repente se importam com meu jeito de pensar
De repente eu me vi rodeado por pensamentos
Eu... reprimido pelas lamentações

Tanta gente passando por mim
Tantos comentários maldosos
Tanta gente desfilando pelas ruas de pedra
E eu, aqui, querendo entender

Querendo pedir luz para esses adultos criancinhas
Pra ver se alguém me ajuda a dar um jeito nesse mundo
Mas ninguém me ouve e aqui estou
Eu... falando só

Mas é só um desabafo de quem só matura idéias
Tudo eu olho pela janela e não saio de casa
Só mais um que ainda não fala nada
Que acha que é mudo e se faz de surdo pra não chorar
Pra poder abafar o choro desse povo que ri
Desse povo que nem sabe o motivo do riso
Quem tem não fala. Quem não tem também não fala.
E eu? O que vou falar? Com quem?
Eu... falando só

22 setembro 2007

Ô mô diah


Num dialeto estranho ela me olhou
Numa linguagem que ninguém entendeu
Achando que era coisa de passagem
E que ninguém notaria

Pensando eu que fosse diferente...
Me disse: "ô fio... num sei como cê mi guenta"
Assim mesmo sem pontuação no final
"Eu também não prezada senhora"

Mas antes nessa de melancolia
Do que numa de rancor e arrependimento
Melhor esses sons da cidade ruidosa
Do que numa de me ouvir o dia todo

(...) e prestar atenção (...) porque eu sofria (...) e não sabia de muitas coisas.

Mas é porque eu via gente dormindo na rua
Eu via meninos passando fome na calçada
E brincando de bolha de sabão nos para-brisas
E de casinha com boneca de verdade

Eu passava e me comovia e não dizia nada
Eu sofria e não tinha ação
Escrevia pra mim mesmo
Cantava sozinho

"Triste Bahia ó quão dessemelhante"
Essa terra de ninguém
Essa terra da técnica de defesa pessoal
Eles me dissera "isso é problema seu"
Não sofro mais por mim

08 julho 2007

Adeus ó Esteves!


O mundo daquela moça se foi
O vento bateu forte pra ela
Enquanto ela dormia o pior passou
E foi melhor assim...

Todos os sonhos foram gastos
Mas nenhum deles foi jogado fora
Nada aconteceu por acaso
Nada do sonho se perdeu ao despertar, nada!

Ele fez o melhor que podia
O que podia era sorrir e fazer quem ele tanto amava feliz
Era lutar até o fim para sustentar aquele sorriso hoje inesquecivel
Mártir... nessa fé por um mundo mais justo
E numa despedida que encerrava toda aquela história

Adeus ó Esteves...

Adeus, Lenin!

07 julho 2007

655321


Sabe aquelas ocasiões muito confusas?
São dessas que a gente fica sem escolhas sobre o que não fazer
Deixa sempre a dúvida de pra onde não olhar e o que não dizer
As mãos atadas diante do inesperado que acontece
E quando menos se espera o mundo dá uma volta e tudo se resolve
(Bem ou mal)

De repente é um Alex se jogando da janela
De repente o mesmo Alex é um herói da política nacional
655321
Six, double five, three, two, one
Mais um número na lista
E isso tudo não é nada (então voltemos ao assunto)

A vida começa aqui
As decisões tem que ser tomadas
Clichê, mas... corações partidos?
A visão muda o alcance sim
As distâncias mudam
As necessidades são outras
O mundo pede evolução
O mundo clama por evolução
As pessoas precisam disso

Você concorda comigo?
Quer isso pra você também?
Ou para o senhor?

Eu ainda tenho a vida inteira pela frente

Alexander, The Large... Me, not yet

04 julho 2007

no meu tempo...

Outro dia fiz um passeio em Monte Serrat. Parei pra olhar a paisagem e ficar pensando um monte de coisa. Nostalgia...


Estava me lembrando hoje do tempo em que eu sabia o que escrever. Era só pegar um papel e um lápis e pronto. E detalhe, essas ferramentas nunca faltavam. Sempre a postos.

Algo que sempre estava perto de minha mente, fazia com que eu escrevesse. Não sei se algo como... o amor(?!)

Sim! Eu amava o tempo em que as preocupações eram outras. Me preocupava com o que eu iria estar fazendo em 2048. Pensava durante a viagem de ônibus até a faculdade se uma menina bonita sentaria do meu lado e perguntaria as horas (acredite: descobri que esse pensamento é mais comum do que eu achava).

Dizem que as crianças vivem muito o tempo presente: nada de ficar lembrando do dia anterior e nem de ficar imaginando o posterior. E dizem que depois isso passa

Mas na verdade só passa durante a adolescencia e a o inicio da vida adulta. Esse é o tempo em que nos assiste o direito de sonhar.

Depois disso temos que voltar a viver o dia presente. As coisas são decididas agora. Precisam da nossa aprovação hoje e do nosso trabalho imediatamente. Querem que a gente resolva já e ligue em seguida. Em breve. Logo! Urgente... essa é a palavra do dia... a palavra nossa de cada dia. Amém.

E o tempo pra gente se inspirar? Onde que fica? Nos breves e raros passeios à Monte Serrat?