04 maio 2006

Ainda existo

Ainda existo
Ainda exist
Ainda exis
Ainda exi
Ainda ex

[ ex???
ex o q ô rapa???

Ex não é ainda...
Ainda é o que há! ]

Ainda e
Ainda
Aind
Ain
Ai

[ ai???
ai o q ô rapa???

Ai é o grito de dor...
É a expressão desse ardor
Da ferida que ficou e ainda dói...
Ah se o ai fosse ex ]

04 março 2006

Eu: aflito e só, confuso e sem...

Será que depois que a chuva estiou
Foi-se embora pelo córrego
Todo ardor que havia nas folhas
Que secavam ao sol e ao vento?

O que será de mim então?

12 fevereiro 2006

Doce?

Açucares, mel, melaço e chocolate
Tudo o mais que adoça minha vida
E que me faz achar que o sangue é doce
E achar que a vida é doce também

Todo esse néctar das flores azuis
As cores dos doces no aniversário
Descansando nas forminhas de papel
A espera da mão que lhe leve à boca

Desejo todo esse doce pra mim
E a todos o mesmo doce que eu goste
E que todos gostem de doces
Mas por favor: BOLO NÃO!

06 fevereiro 2006

Meu Deus














Meu Deus do Céu!
O que foi que eu fiz?
Esqueci de olhar pra frente
E pra trás quando mais precisei

Ó Senhor que do alto me vê
O que foi que pensei na hora errada?
Deixei que ela se fosse sem dizer adeus
Deixei toda minha história se perder no início

Ó Nuvens que passam
Sobre minha cabeça me conhecem?
Eu vejo suas formas se modificarem e andarem
Sempre pra frente me guiam em direção ao giro da terra

Ó misericordioso Céu das gaivotas
Leva-me ao alto junto com o ar puro que flutua?
Lá em cima penso eu que serei bem acolhido em nuvens de algodão
Caminhando pelo bosque da imaginação e bebendo água na fonte da inspiração

(Pintura de Ann Brain, Draycote Cloud)

27 janeiro 2006

Ao foyer

Hoje não são minhas as minhas palavras
Epero com grande ansiedade na porta do teatro
Não sei o que o espetáculo me reserva
Não sei se me sentirei só na penumbra da platéia

Penso no que espero ver em cima do palco
Imagino minha expressão diante dos monólogos
Me vejo triste numa cadeira lateral
Perto da porta pro caso de querer ir embora

Rôo as unhas, pego pastilhas no bolso e as uso
Mastigo a ponta do lápis que escrevo nessa página
Mas mudo meus pensamentos vendo que não estou só
O sarau atrasa e vejo um cara batendo o pé em frente ao foyer

12 janeiro 2006

O instante da queda

Tentei ir onde sempre quis
Mas não soube preparar meu salto
Assim meus pés não tocaram o outro lado
E o outro lado não pôde me alcançar

O jeito é começar de novo
Mas não será o mesmo primeiro passo
A métrica muda a cada tempo contado
E o menor erro destrói meu fraseado


{Peço desculpas ao leitor... estava escrevendo quando algo ruim passou. Peço desculpas a mim mesmo por ter deixado algo interromper-me.}

05 janeiro 2006

Esquecimentos...

Ah lembrei...

Nada que tinha pensado antes vale mais
O momento passou

E agora você acha que me lê nesse falso papel
Não sabe de nada moça... de nada...

Passou e eu não vi
E a moça não viu
e nem a cidade viu nada

E ninguém percebeu também que eu só queria pular
Sentir o vento no rosto, a água no corpo e o sal do mar

Mas todo mundo ficou pensando que eu ia me suicidar
Tadinhos! Ficam chocados com a mancha preta na areia...

bobos...

(depois pulo de novo)