25 setembro 2009

The Pause

Uma pausa nas férias do Condensado por uma beneficência em prol dos animais. Via nada sério

Clique no cartaz para ampliar

15 setembro 2009

Fechado para balanço

De férias do blog enquanto organizo umas coisas... bjo e qjo

12 setembro 2009

Surface to air

Tava lembrando que, mês passado, minha noiva falou que assistiu na tv uma reportagem sobre uma mulher que via cores e sentia gostos quando ouvia determinadas músicas. Sinestesia. Algo muito raro que tem a ver com as conexões do cérebro e que permite que uma pessoa ative mais de um sentido a partir de um único. Ouve uma música e enxerga uma cor, enxerga um movimento e sente um sabor. Entende?

Achei estranho quando soube do assunto no Fantástico, mas depois vi que é menos subjetivo do que parece. Até porque na verdade, acho que todo mundo tem um pouco disso mas não tão claro. Já te aconteceu de você estar em algum lugar e se sentir mal de estar ali sem motivo aparente? Acho que já vai pra um sexto sentido, mas enfim... não deixa de ser...

As vezes tenho algo assim, mas não de verdade como essas pessoas tem. Simplesmente imagino mil coisas e tenho insights, flashs, lights e outros clarões em inglês . Quero então compartilhar uma das músicas que sempre faz muito isso comigo. A letra no iniciozinho diz "Please help to make the world you're livin' in better". Vez em quando tô trabalhando e deixo ela tocando trocentas e poucas vezes. O próprio título é algo meio sinestésico. Superfície. Ar. Música.

Esse vídeo é uma animação não-oficial para a música mas que, acho eu, tem a ver com a viagem do cara quando ouve a música. Se quiser feche os olhos pra ouvir, senão pega uma carona na onda dele... Sem mais delongas, com vocês: Tom Rowlands e Ed Simons - Chemical Brothers !



***Aproveito pra sugerir que ouçam também "Denmark" e "Star Guitar".

11 setembro 2009

No curtume

Estão a tirar nosso couro aos pouquinhos
Psicologicamente falando, esfolando mesmo

Polícia, ladrão, polícia, bandido e tiroteio
Gente com medo e gente nem aí gente!

Metrópolis, metropolitana gente falante
De ônibus, a pé, de beco, viela e avenida

Já sei tia Ruth... vamos viver dessa fantasia passada
Melhor do que sofrer sem saber do que vai ser mais nada

De sair por aí antes de dar tempo de pegarem nosso pé
De andar sem importar as horas confiando em São José

Cantar nas ruas do Pelô chamando Pedro de Lara
Sem nem precisar de beber pra ter que se alegrar

Ficar com medo só do boiante no Porto da Barra
Enquanto João vende camarão cantando aos brados

Eis aqui a cidade da Bahia, de Gregório e Castro Alves
De governante, negro escravo e mulher amada do cais

Só pra não esquecer que um dia eu sonhei com esse ano de agora
Te alerto pra que sonhe com esse ano de depois e que depois o de depois também

***Poesia é coisa guardada no baú dos sonhadores. Né pé-de-planta, mas se não cultivar acaba. Te escrevo essa pra lembrar que ainda sonho.

10 setembro 2009

Fim de semana já passou

É verdade. Hoje já é quinta. Mas foi tudo tão marcante. E o nada sério me lembrou de acontecimentos importantes que resumo eu aqui.

1. Beirut - Véi! Quêaquilo? O ômi mais trêbedo de que tudo. Sabe quando jogaram latinhas em Carlinhos Brown no Rock 'n Rio e que no mesmo evento Erasmo Carlos saiu vaiado? Os produtores ainda não entenderam que determinados shows não colam em determinados lugares. Beirut-Público Sentado-TCA-Percpan... algo estranho na combinação. Resultado: Um vocalista "alto" manda todo mundo levantar e subir no palco do TCA durante o Percpan. Fantástico é o pessoal do Teatro achar aquilo absurdo. Beirut=Concha Acústica=Público em pé dançando=Percpan (a parte do Percpan até pode ficar rsrs). No Youtube tem vídeo do povo invadindo o palco. Apesar dos pesares ainda recomendo Beirut na sua playlist.


2. Soleil [Quidam] - Pessoas, fico sem palavras. Não dá. É intraduzível. Talvez a melhor definição seja a da minha amiga do Simplesmente ser eu dizendo que "sonhou acordada". No próximo, é uma exigência que me faço, tenho que ter dinheiro sobrando ir e, se possível, sentar na frente.

3. Ricardo - Fui almoçar em Jauá. O restaurante de Ricardo serve uma fantástica Muqueca de Dourado acompanhada de um Pirão supimpa! Quem quiser detalhes, me procure.

09 setembro 2009

Cachorros, gatos e pimenteiras

Carlos, meu colega de trabalho, fez sinal de negativo e me recomendou Dom Quixote quando eu cheguei no escritório com um livro sobre um cara e seu cachorro. Na verdade, quando me perguntaram qual era o assunto do livro, eu respondi que John Grogran, jornalista norte americano, tinha um cachorro e resolveu escrever sobre ele.

Não sabia até aí que essa história era tão mais do que isso. É sim, ele tinha um cachorro e escreveu sobre o cachorro. Mas pra quem tem um amigo do tipo cachorro ou gato sabe como é que funciona isso. Não é somente um bicho. É um companheiro que tá no seu pé enquanto você escova os dentes. Que te acorda quando você tem um compromisso de manhã cedo (sim... Amélie faz isso) e deita no seu colo quando você chega do trabalho, te pedindo um cafuné.

Pessoal... o negócio é o seguinte. Tem uma música que eu ouço vez em quando dizendo que "tudo na vida se acaba, tudo na vida tem fim. As flores passam depressa, quem fica somente é o jardim" (Naná e Nonô). Acho que, assim como alguns outros livros que já li, a grande lição de Marley e Eu é que na vida não existe ensaio. A vida é o tempo presente. O tempo da vida é um presente. Aproveitem.

Vamos fazer um acordo? Você que ta lendo essa postagem, pega o telefone e liga pra um amigo seu. Pode ser parente que você não fala a algum tempo também. Perca tempo não.

Se ligar deixa um comentário me dizendo que ligou ;) [pausa pro telefone] [não atende] [agora! yeah!] Pra não dizer que fiquei de fora, liguei pra meu brother Marcelo Gandhi. Gente boa. Agradeceu a lembrança rsrs.

Fica minha recomendação. Já saiu o filme também, vou assistir depois. Mas prefiro incentivar a prática da leitura. Marley e Eu de John Grogan. Consegui numa promoção do Bompreço por R$ 9,90. Boa sorte.

P.s.: Pra quem não entendeu o título, eu "crio" umas pimenteiras em casa por quem eu tenho alguma simpatia. Planta sensível e muito forte ao mesmo tempo.

03 setembro 2009

O paradoxo da espera do ônibus

Hoje estive envolvido numa situação complexa, mas de trivial aparecimento na mente da grande massa brasileira. Uma sensação desconfortável. Algo incomodando e que nos deixa incertos quanto às decisões a serem tomadas. Que me sufoca por uma certa impotência e que me mostra que só eu tenho poder pra mudar o rumo desse curta metragem da minha rotina.
Muito pensar. Muita filosofia. Muita angústia e algo semelhante à esperança da luz no fim do túnel. Ou no fim da esquina. Sim! Eles nâo sabem disso, mas os olhos brilham e possíveis sorrisos são ensaiados nas faces cheias de esperança. A sombracelha apertando a íris pra enxergar direito. Sim! Levanto a mão! É ele: Brotas/Comércio.

Mas até então os destinos eram vários. Curuzu, Terezinha, Rio Sena, Marechal Rondon, Estação Pirajá, Estação Mussurunga. Juro que teve uma hora que pensei em passear em Fazenda Coutos só pra saber onde fica, pena (ou sorte) que o ônibus não era circular.
Dúvidas, mil dúvidas. Será que é mais fácil no ponto da outra rua? E se eu pegar dois? Cabula VI... será que tem a I, II, III, IV e V? Nunca ouvi falar. (Se alguém souber da existência me avisa só pra eu saber)

Enfim. Os motoristas que passam por trás e faz com que a gente esculache e excomungue os tetranetos não nascidos deles, não sabem o que perdem. Não sabem o quanto deixam o cidadão feliz ao saber que a chegada ao seu lar está mais próxima. Motoristas: não passem por trás!

Concluindo, nesse ponto de ônibus lembrei de um vídeo que eu me identifiquei demais (aproximadamente 11 na escala Richter). Praticamente vi meus dilemas revelados como se eu fosse o protagonista daquele curta que eu não atuei. Descobri que não sou só no mundo e que, ao meu lado no ponto de ônibus, devem haver mais umas 20 ou 30 pessoas passando pela mesma angústia. Tomei emprestado o título dele para a minha postagem.



"Homem espera em vão o ônibus. Em vão? ora, se o ônibus está demorando, então ele está mais perto de chegar. Baseado em várias histórias reais. Desenho desanimado de Christian Caselli. Desenhos de Gabriel Renner e narração de Chico Serra."