Debaixo da sombra do meu pesar
Meu pesar deixa meu corpo curvo
Meu andar se torna fatigante
Se torna solitário andar
Me torna mais um pobre coitado
Ao meu redor o povo é o mesmo povo de sempre
Casas são as casas de sempre
E os bueiros os mesmos também
Os caminhos levam aos mesmos cantos
Mesmos cantos de sempre
Nesses redemoinhos de vento eu paro
Levanto minha cabeça e meu olhar vem junto
E o horizonte é o mesmo de sempre
E as palavras ditas como antes
Ouvidas ou não como sempre foram
Mas consigo um instante dessa luz pra mim
E à luz desse Sol eu vejo além
Se faz uma nova paisagem à minhas vistas
É quando todo o preto e branco se colore
Mudando o que antes eu chamava monótono
Apenas pela muda do jeito de olhar
Apenas pela leveza de um momento
Apenas pelo vento que soprou no meu pé de ouvido
E pelo monólogo que dialogou na minha cabeça
Por isso tudo eu mudei e vi
E se torna largo o caminho em frente
Claro o calçamento de pedras polidas e coloridas
Viva a flor à beira da calçada
Afastada dos pés humanos que lhe assombra
E das lagartas de fogo que lhe queimam
A consciência agora é limpa
E o olhar objetivo
Objetiva a nova oratória
Concisas as idéias
Coerentes as ações
Tudo só por causa do novo jeito de amar
Por descobrir onde se limita a vida
E a descoberta de que esse limite não encerra
É uma porta a ser transposta
Com uma chave que ainda não lhe cabe no bolso
O sol brilha e brilhará
A luz da lua também
Na luminária da minha cabeceira mando eu
E na clarabóia e na janela que são minhas
Solar
Um comentário:
tudo só por causa do novo jeito de amar
também conheço um novo jeito de amar, que também ensolara(rá) minha estrada nos dias de chuva.
e vc postando assim escondidinho, hum?
te amo, chuchu de goiabada com creme de leite na geladeira! rs
=***
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